Jingue que gruda
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Jingue que gruda

“Varre, varre, vassourinha”

O plano de plurianual do presidente Jucelino Kubitschek que tinha como slogan avançar 50 anos em 5, proposta vitoriosa em campanha de quatro anos antes trouxe realizações, como a construção de Brasília por exemplo, mas muita dor de cabeça para cobrir os gastos do gigantismo do projeto. Assim, em 1960 Jânio Quadros ouvindo e vendo os anseios populares de combater a inflação alarmante e a corrupção assim o fez em campanha rumo à Presidência da República.

Com o discurso pronto e um jingle calibrado (vale lembrar que o rádio dominava como meio de comunicação de massa) Jânio viu sua popularidade se elevar prometendo varrer as mazelas nacionais de então.

Com o jingle, “varre, varre, vassourinha, de autoria do publicitário Maugeri Neto — que brincava com a necessidade do Brasil “varrer” os políticos corruptos. A música descontraída virou um verdadeiro sucesso na época, levando Jânio Quadros à vitória.

Depois do jingle do ex-presidente, a vassoura se tornou, inclusive, símbolo anticorrupção. Embora o mandato de Quadros não tenha sido bem-sucedido — ele renunciou ao cargo sete meses depois de ser eleito —, sua campanha é um exemplo de como aproveitar a conjuntura política atual de forma estratégica e favorável.

A seguir, confira um trecho da canção que ficou para a história:

“Varre, varre, varre, varre vassourinha! Varre, varre a bandalheira! Que o povo já ‘tá cansado De sofrer dessa maneira Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado!”





Figura 1 Jânio Quadro - Wikipédia

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